quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

SOLIDARIEDADE


Sensível a causas solidárias e tendo ajudado anteriormente a Fundação “O Século”, a empresária Helga Barroso organizou desta vez uma festa no Alcântara Café, no passado dia 25 de Dezembro que, contou com inúmeras caras famosas como Marta Leite Castro e que esteve acessível a todos os que quiseram contribuir para a Fundação. A única contrapartida foi deixar uma contribuição simbólica, em dinheiro, numa tômbola destinada para o devido efeito.
Quinta, 31 Dezembro 2009

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

FADO CARIOCA

FADO CARIOCA - O CHAMADO FADO XUXU

Para a reposição da revista Boa Nova no Teatro República do Rio de Janeiro, em 1945, Frederico Valério e Amadeu do Vale decidiram ainda escrever especialmente para Amália um fado que combinassede algum modo a cantilena fadista comum com um ritmo de samba.
Assim nasceu o FADO CARIOCA OU FADO XUXU também ele gravado em 1958 (não se sabe como terá sido a interpretação no original de 1945) e que na última apresentação do refrão optaram por uma forte batida sambada e Amália reforça com um sotaque carioca perfeito.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

100 ANOS DEPOIS DO NASCIMENTO DE CARMEM MIRANDA

Rio de Janeiro - Em comemoração ao centenário de nascimento de Carmen Miranda, o Teatro Sesc Ginástico vai homenagear a Pequena Notável. O musical 'Miranda por Miranda', que leva a assinatura da dupla Miguel Falabella & Stella Miranda.

Autora do roteiro e atriz do espetáculo, Stella Miranda dividiu 28 músicas e um medley de oito canções carnavalescas em cinco módulos.


No primeiro, a história do "encontro" das Mirandas; no segundo e terceiro, músicas de Carmen dos anos 30 e 40, em clima de show puro; no quarto bloco, volta a atriz Stella, e no último segmento, o medley de carnaval.



quarta-feira, 14 de outubro de 2009

MIRANDA POR MIRANDA


Estrelado pela atriz Stella Miranda, Miranda por Miranda tem como foco a trajetória de Carmen Miranda (1909-1955), cujo centenário de nascimento é comemorado neste ano. Concebido por Miguel Falabella, o espetáculo conta como a cantora entrou na vida de Stella , por meio de textos curtos e de canções garimpadas por ela, com arranjos do maestro Tim Rescala.O repertório do show é exclusivamente de Carmem Miranda, com exceção de Esposa modelo, cantada por Marlene. Autora dos textos e do roteiro do espetáculo, Stella Miranda dividiu 28 músicas e um medley de oito canções carnavalescas em cinco módulos. O primeiro traz a história do "encontro" das Mirandas. O segundo e terceiro reúnem músicas de Carmen dos anos 30 e 40, enquanto no quarto bloco, volta a atriz Stella. No último segmento, há o medley de carnaval. Durante a peça, Stella é acompanhada por um trio e por quatro cantores. Elaborados por Rita Murtinho, os figurinos também não são um arremedo dos da cantora.

Fonte:Guia da Semana

domingo, 11 de outubro de 2009

LANÇAMENTO DO LIVRO "DEU NO BLOGÃO" DE AGUINALDO SILVA


O livro “Deu no Blogão” – compilação de textos de Aguinaldo Silva publicados originalmente em seu Bloglog, da Globo.com , na livraria da Travessa, na Barra da Tijuca.
“Achei que valia a pena transformar os textos do blog em livro quando percebi que muitos deles, mesmo antigos, continuam repercutindo nos comentários”, disse Aguinaldo que tem uma média de 3 mil visitas no blog.


Na Livraria da Travessa, Rio, o autor é prestigiado pelo casal Marta Leite Castro e Paulo Betti.
Na Livraria da Travessa, Rio, o autor é prestigiado por Marta Leite Castro e Paulo Betti.
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terça-feira, 22 de setembro de 2009

O festival brasileiro arrancou com uma inédita homenagem ao actor Chico Diaz

A apresentadora Marta Leite Castro está no Brasil para apresentar a V edição do «Ibero Brasil Cine Festival», um evento cinematográfico que reúne cineastas oriundos dos países ibero-americanos.
Este festival, que começou no passado dia 1 de Setembro e se prolonga até ao próximo dia 5, no Rio de Janeiro, exibe filmes originários do Brasil, Espanha, Portugal, Argentina, Cuba, Bolívia e Uruguai.
«Suicídio Encomendado», de Artur Serra Araújo e a «Arte de Roubar», de Leonel Vieira, são os filmes que representam o cinema português no festival.
O festival brasileiro arrancou com uma inédita homenagem ao actor Chico Diaz pelos 27 anos de carreira dedicados ao cinema brasileiro.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Chico Diaz foi homenageado do V Ibero Brasil Cine Festival

Betti e a apresentadora portuguesa Marta veem o ator ganhar placa de Jandira Feghali.
Betti e a apresentadora portuguesa Marta veem o ator ganhar placa de Jandira Feghali.

NOTÍCIA - CARAS BRASIL

Nas telas do cinema, Chico Diaz (50), nascido na Cidade do México e criado no bairro carioca do Jardim Botânico, já viveu tipos célebres, como o cangaceiro protagonista de Corisco e Dadá (1996), o pistoleiro Múcio, em os Matadores (1997), e o açougueiro Wellington, de Amarelo Manga (2002). Os prêmios ganhos por essas atuações - ao todo são mais de 50 filmes - não diminuíram a emoção do ator. Na abertura do V Ibero Brasil Cine Festival, no Planetário da Gávea, Rio, ele foi homenageado com troféu de reconhecimento pela construção de personagens brasileiros. Com a mulher, Silvia Buarque, com quem tem Irene, e o filho, Antônio, que mora na Itália com a mãe, Cecília Santana, e está de férias no Brasil, ele comemorou. "Não fiz mais do que a minha obrigação. Em todos os personagens que interpretei, em 27 anos de carreira, representei um pouco do povo brasileiro", discursou ele ao receber a honraria das mãos da secretária municipal de Cultura do Rio, Jandira Feghali.

Mestre-de-cerimônias do festival, Paulo Betti aplaudiu o tributo. "Somos grandes amigos. Trabalhamos juntos em Luna Caliente. Foi maravilhoso contracenar com Chico", disse o ator, ao lado da apresentadora portuguesa Marta Leite Castro.

http://www.caras.com.br/edicoes/827/textos/14838/


A apresentação do Ibero Brasil foi feita por mim e pelo ator Paulo Betti


Festival de Cinema Ibero Brasil


segunda-feira, 24 de agosto de 2009

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

O MEU, O MEU RIO

Rio!

Paráfrase de Mário de Sá..Carneiro


— Rio! Rio! — exclamava o poeta — Por que o amo eu tanto?

Não sei… Basta lembrar-me que existo na capital do Prazer, para uma onda de orgulho,

de júbilo e ascensão se encapelar dentro de mim.

É o único ópio negro para a minha dor — Rio!"Como eu amo as suas ruas, as suas praças,

as suas avenidas! Ao recordá-las longe delas — em miragem nimbada, todas me surgem

num resvalamento arqueado que me traspassa em luz. E o meu próprio corpo, que elas vararam, as acompanha "Do Rio, amo tudo com igual amor: os seus monumentos, os seus teatros, os seus bulevares, os seus jardins, as suas árvores, seu mar imenso, suas montanhas

de açúcar... Tudo nele me é encantador, me é lúdico."Ah, o que eu sofro um dia que passo

longe da minha Cidade, sem esperanças de me tornar a envolver nela tão cedo… E a minha saudade é então a mesma que se tem pelo corpo de uma amante perdida…"E à noite, num grande leito deserto, antes de adormecer, eu recordo — sim, recordo — como se recorda a

carne nua de uma amante dourada!"Quando depois regressar à capital assombrosa,

a minha ânsia será logo de a percorrer em todas as avenidas, em todos os bairros,

para melhor a entrelaçar comigo, para melhor a delirar… O meu Rio! o meu Rio!…

enviado por um apaixonado
pela cultura portuguesa

Vem aí nova exposição de fotos da história do bikini...



domingo, 9 de agosto de 2009

www.celsofonseca.com

Celso Fonseca
Primeiro trabalho ao vivo junta Gilberto Gil, Roberta Sá e Ana Carolina

Juntando uma história de mais de 25 anos na música brasileira, Celso Fonseca lança seu primeiro DVD, gravado ao vivo no Canecão. Distribuído pela EMI, o vídeo traz o compositor relendo seus sucessos e visitando obra alheia. O show de Celso soma participações do parceiro Gilberto Gil, Ana Carolina, Roberta Sá e de João Pedro Fonseca, seu filho.

AMEI O SHOW DO CELSO FONSECA

V IBERO BRASIL CINE FESTIVAL

FESTIVAL DE CINEMA DURANTE 5 DIAS - DIA 2 A 6 DE SETEMBRO

Com a apresentação de mostras competitiva,informativa, homenagem a uma personalidade cinematográfica,mesa de debate e fórum.
Vai ter festa de abertura e de encerramento,com participação de personalidades do mundo do Cinema Iberoamericano!

Apareçam no Planetário onde tudo isto vai acontecer!

sábado, 1 de agosto de 2009

Super Fã e amiga da Thalita Rebouças que está lançando o "FALA SÉRIO,PAI" no Brasil

PLANETA THALITA

Pois é…é por pois é, que eu quero começar!
Descobri um mundo novo de abreviaturas deliciosas no Rio de Janeiro. A culpada chama-se Thalita Rebouças, uma mega escritora de livros juvenis que invadiu as cabeças dos adolescentes como se fosse um espelho. Tudo porque estes adolescentes falam para ela o seguinte “Nossa, você me entende! Como é possível!”

Eu digo, é possível sim, ela parece mesmo que está dentro dessas cabeças que ainda têm dentro delas um lado infantil e estão em transição para para um lado adolescente,bem conhecido como a “idade do armário“ em Portugal. Eu não sei que nome dão a essa idade no Brasil,mas na verdade não importa classificar esta fase porque ela é difícil em qualquer dos dois países.

E então eu esbarro neste universo de abreviaturas com BV-Boca Virgem,BVBL-boca virgem de beijo longo.
E eu claro, já disparei e comecei a imaginar um montão de abreviaturas para uma fase talvez mais adulta.Pensei em LN-Livre de Namorado ou LA-Livre para Amar.Não é bom?
E de repente tudo pode passar a ter um nome…o encontro da ânsia mundial de que tudo tem que ser classificado. Não vêem o caso da Música, querem sempre rotular o género de música que determinado músico toca ou canta. E na verdade até já contagiaram os Ipod´s. Se repararem podem escolher as músicas que querem ouvir de diversas formas: quem quer ouvir por “Autores”,que me parece bem,é só escolher o nome e ouve.Porém há dentro de todas as possibilidades de escolha no Ipod, o chamado“Géneros” (esse é o nome que dão nos iPOD'S portugueses), que é o mesmo que classificar,dar um nome àquilo que no caso, é a música vamos ouvir!
Mas voltando à mulher maravilhosa que me fez escrever estas palavras até agora,eu só tenho que agradecer e perguntar inevitavelmente porquê? Porquê, Thalita, porquê você não existia no meu tempo,como existe agora para esses milhões de jovens que te seguem.Também queria ter tido uma Thalita para puder usar a técnica de passar a manteiga no pão e ter dito com a boca meio fechada “Mãe,me dá a manteiga,por favor…eu beijei na boca”.
Lindo,aconchegante, pedagógico, real, sincero…e chega para eu definir apenas parte do Planeta Thalita! Obrigada,pois eu agora tenho uma filha com quatro anos e faltam oito para ser a mãe que está ouvindo da filha “Mãe, beijei na boca!”.Assim, eu vou ter tempo de me preparar e não cair para o lado de susto,e até a certeza que vou abraçar minha filha e vou perguntar “Como te sentiste…foi bom…deu borboletas (aqui é cosquinha? não sei,mas vocês entenderam,tudo o mundo já deu primeiro ou primeiros beijos) no estômago?”.E se a minha filha não responder eu vou abraçar ela e vou falar: você já não é BV-BOCA VIRGEM! Mas não faz mal, mamãe te ama muito, na mesma, sempre e para sempre!

MARta

FOI LEO,UMA GRANDE AMIGA E ATRIZ PORTUGUESA QUE ME APRESENTOU THALITA

Gula Gula...comida bossa nova!







Gula Gula

Gula Gula
restaurante > comida bossa nova

www.gulagula.com.br

Normal na história de uma empresa é dizer que os tempos artesanais ficaram para trás. Não no Gula Gula. O passado da empresa significa, para essa rede de restaurantes, tradição e solidez e principalmente, sua filosofia.
No começo eram apenas três amigos: Fernando de Lamare, Pedro Salgado e Cláudio Bernardes. Um cuidava da cozinha, o outro do dinheiro e o terceiro do ambiente. Juntos, criaram um clássico, o Gulinha da Rita Ludolf, no Leblon, com apenas duas mesas e muita vontade de oferecer aos clientes o mesmo que tinham com a companhia um do outro. Era 1984.Com a saída de Cláudio Bernardes, veio a energia de Pedro de Lamare, filho de Fernandão. Não demorou muito, o rapaz de terno e gravata que trabalhava no mercado financeiro, deu espaço ao garoto que aprendia ali que sucesso não era sinônimo de sisudez, mas de ter prazer no que se faz. Essa energia de Pedro contagiou outro amigo: José Júlio Monteiro Sabugosa. Mais um representante da nova geração chegava a casa e vinha com planos de expansão.

Assim começou o Gula Gula da Senador Dantas, no Centro trazendo aos engravatados os ares marinhos e libertários do Leblon. O Gula Gula no Hotel Marina, na praia do Leblon, marcou uma época. Transformou-se em referência carioca com suas refeições emolduradas pela vista deslumbrante de dia e os shows instrumentais e de jazz à noite. A festa não tinha hora para acabar e marca Gula Gula associada à cultura e à alegria ficou registrada na memória afetiva da cidade.

Daí o Gula Gula não parou mais: seduziu Ipanema, expandiu no Centro, chegou à Barra e São Conrado, conquistou a Gávea e o Jardim Botânico. E a história continua...

O Gula Gula oferece um mix variado de saladas e pratos quentes. As saladas sofisticadas, com apuro de gourmet, são resultado de uma mistura balanceada de molhos leves e vegetais tenros que surpreendem o paladar. Os pratos quentes, consistentes e saborosos, trazem em seu preparo o conceito de comida saudável.

A casa segue a tendência mundial de alimentos com baixa caloria e alta nutrição. A confecção quase artesanal, os produtos de alta qualidade e a harmonia de cores, sabores e aromas apresentados são marca registrada da gastronomia do Gula Gula.

GALA LUSO BRASILEIRA FOI NOTA 10!

A Gala da Fundação Luso Brasileira foi um momento único que juntou portugueses e brasileiros numa noite cheia de música cantada em português,a língua que nos une!Espreitem as fotos dos artistas que passaram pelo Casino do Estoril em Portugal.

Nos bastidores com Roberta Sá

Os Bastidores da gala brasileira

Sílvia Machête na gala luso brasileira

4ª Gala Luso Brasileira





Foi no dia 7 de Outubro de 2008, no Salão Preto e Prata do Casino do Estoril, que tive a oportunidade de apresentar a 4ª Gala da Fundação Luso-Brasileira.
A Gala contou com a participação musical das duplas luso-brasileiras de Carlos do Carmo & Ivan Lins, Rui
Reininho & Sílvia Machete, António Zambujo & Roberta Sá e Mafalda Veiga & Celso Fonseca

Uma voz portuguesa do fado a não perder:Carlos do Carmo

Dueta de Ivan Lins com o grande fadista português Carlos do Carmo

Eu e Ivan Lins


Eu com Ivan Lins que foi muito gentil concedendo uma entrevista para o livro que eu estou terminando de crónicas sobre os portugueses à volta do mundo.Uma boa parte do livro vai ser dedicado à ligação Portugal e Brasil!

Encontro Luso Brasileiro


Na foto os portugueses António Zambujo e Mafalda Veiga com os artistas brasileiro Ivan Lins,Roberta Sá,Sílvia Machete e Celso Fonseca estiveram juntos atuando no Casino do Estoril numa noite dedicada à união da cultura portuguesa e brasileira.
Foi uma noite inesquecível!

É NO INÍCIO DE SETEMBRO NO PLANETÁRIO O FESTIVAL DE CINEMA IBERO-AMERICANO!A NÃO PERDER!

FAGUNDES EM ESTREIA COMO ENCENADOR



FAGUNDES EM ESTREIA COMO ENCENADOR ESTÁ DE PARABÉNS!
FIQUEI MUITO ORGULHOSA DO SEU TRABALHO!
PARABÉNS,ANTÓNIO!

Os filhos lindos de António Fagundes!Super gente boa!beijos para vocês!

Foi há três anos atrás...

Dá para acreditar que sou eu entrevistando Fagundes em Portugal na cidade do Porto há 3 anos atrás??? É, mas sou mesmo eu de cabelo bem curtinho!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

terça-feira, 2 de junho de 2009

EM CONVERSA COM...

Pedro Cardoso
ator

Representar é ...algo que faço mas que não sei explicar. Prefiro mostrar. Como algo que por ser inefável precisamos desenhar para torná-lo visível, eu prefiro mostrar-me a mim representando do que falar sobre.

Ser pai ...é tentar ser mãe e nunca conseguir.A grande família - é um programa cuja excelência da dramaturgia permite espelhar toda grande família brasileira.

Tv não tem orelha...no nosso tempo, a tecnologia dominante é pensada para emitir mensagens, e nunca para receber. Assim, as pessoas tornaram-se apenas ouvintes. É como se numa conversa, você tivesse que ficar o tempo todo calado, apenas ouvindo. Só que todo mundo tem algo que gostaria de dizer. Esse silêncio forçado é fonte de grande frustração e provoca na gente uma enorme solidão.

Portugal ...
no nosso tempo, a tecnologia dominante é pensada para emitir mensagens, e nunca para receber. Assim, as pessoas tornaram-se apenas ouvintes. É como se numa conversa, você tivesse que ficar o tempo todo calado, apenas ouvindo. Só que todo mundo tem algo que gostaria de dizer. Esse silêncio forçado é fonte de grande frustração e provoca na gente uma enorme solidão.

Viajar ...
é uma tendência inevitável. Um desejo enorme de ir, diametralmente oposto ao desejo de estabelecer-se. Ambos se completam numa dialéctica que nunca se equilibra. Sempre queremos viajar quando estamos estabelecidos e sempre queremos nos estabelecer quando estamos viajando. Viajar é um reacção contra a tristeza que nos chega não sabemos de aonde. Tristeza com a qual a gente não se conforma. Viajar é um ato de inconformidade. (Bom, pelo menos para mim.) É como se na novidade do lugar pudéssemos encontrar uma novidade sobre nós mesmos. Grandes Cidades. Li "A Cidade e as Serras" do vosso Eça e nunca mais esqueci. Choro só de citar o título do livro. Assim como viajar e ficar, esta é outra oposição que nos completa.

As pessoas preocupam-se muito...
com dinheiro. O que me parece natural e bom. O dinheiro é a medida da riqueza e a riqueza é, se pensarmos bem, a medida da nossa vitoria sobre a natureza. Aquecedor para derrotar o frio, comida congelada para fugir a escassez, carros para não depender das pernas etc. O que chamamos conforto é a nossa vitoria sobre as condições naturais. E o dinheiro compra o conforto. Almejar o conforto me parece legitimo e nobre. No entanto, a perversão que se pode fazer com o dinheiro, a escravidão, a injustiça... bem, isso é outro assunto. Ou melhor, é o mesmo assunto! Que do bem se faça o mal é uma tragédia nossa que ainda estamos por entender.

O Brasil ...
para mim é a escravidão. O Brasil se funda na escravidão. Há de se levantar dela. Ainda faz pouco mais de cem anos que a escravidão foi abolida, mas ainda há muita escravidão no Brasil. É preciso falar da escravidão, é preciso entender a permanência da escravidão para que o Brasil se liberte de sua fundação, e possa se re-fundar. O Brasil é um país ainda por ser conhecido. Somos um povo ainda por nos reconhecer-mos. Mas já somos alguém, ainda que nosso modo presente de ser, seja uma angustiante sensação de estarmos sempre por iniciar-mo-nos.Quando será o tempo do Brasil? Quantos ainda morrerão sob o peso da escravidão antes que o Brasil se cumpra? O que, no próprio âmago de nós mesmos, nos impede de sermos um país para todos aqueles que aqui nascem? Eu acredito que buscarmos entender a escravidão poderá nos daruma resposta para todas as perguntas.E, no entanto, há tanta alegria por aqui!!!

Um beijo no asfalto ...
é uma grande obra do nosso dramaturgo Nelson Rodrigues. Ainda hei de representá-la um dia. Sob suspeita de homossexualidade, um homem encontra a morte através das mãos daquele que mais o amava. Uma tragédia muito bem escrita, porque engraçada também. Há sempre humor no verdadeiramente trágico. (Pelo menos, é assim que eu vejo.)

FOTOS EM PORTUGAL - ALCÂNTARA